Consumo Urbano da Água

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  • De onde vem a água?

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      A maior parte da água existente na Terra encontra-se nos mares e oceanos e ela cobre cerca de dois terços do nosso planeta. Só 3% da água existente no Mundo é doce, 97% corresponde à percentagem de água salgada. Dos 3% de água doce, 70% está sob a forma de gelo e neve, 29% encontra-se debaixo da Terra e apenas 1% se encontra à superfície (em lagos, rios..) à disposição dos seres vivos.

      Esta imagem representa o ciclo da água. A água acumulada nos rios, lagos, mares e oceano quando aquecida pelo sol sobe para a atmosfera, transforma-se em gotas de água que depois se juntam e formam as nuvens. Quando estas se encontram muito pesadas, a água cai na Terra sob a forma de chuva e junta-se novamente à água acumulada nos rios, lagos, mares e oceanos. Quando o sol a aquece de novo repete-se novamente o ciclo da água.

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  • O que abastece Lisboa?

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Lisboa e a Água

 

 

Apesar de ser uma cidade banhada por um rio com um largo estuário, Lisboa nem sempre teve água para abastecer a sua população. Esta chegou a trazer conflitos e preocupações.

A primeira solução foi apresentada pelos romanos: um aqueduto. Este levava as águas de Belas até Lisboa que ia abastecer termas, balneários e fontes. Contudo, já na Idade Média só restavam alguns vestígios.

Para além dos poços e cisternas da colina do castelo, apenas dois grandes chafarizes junto ao Tejo abasteciam a cidade.

Só no tempo de D. Sebastião, propôs-se ao rei a construção de um novo aqueduto só que não houve tempo para se dedicar à sua concretização. Muito mais tarde retomou-se a construção do aqueduto.

            O rei decretou novos impostos, conseguindo o dinheiro necessário para que a 12 de Maio de 1732 seja assinado o decreto para a construção do Aqueduto das Águas Livres.

            Embora houvessem muitas pessoas contra esta medida, em 1748 as águas já corriam no novo aqueduto. No entanto, só em 1799, sessenta e sete anos após o início da construção, a obra foi acabada.

O objectivo principal do Aqueduto era abastecer os chafarizes, construídos já com esse propósito, um pouco por toda a cidade.

            Foi nessa altura que, a par com outras figuras da cidade (os limpa-chaminés, as leiteiras, as vendedoras saloias, a célebre mulher da fava rica), surgiram os famosos aguadeiros, na sua maioria homens de origem galega, que transportavam pelas ruas da cidade barris de água que vendiam a quem passava.

            Os problemas de abastecimento de Lisboa não estavam, no entanto, resolvidos. Em pouco tempo se concluiu que as águas trazidas pelo aqueduto não eram suficientes. O governo procurou então encontrar uma empresa particular que se encarregasse do abastecimento da cidade.

            Não foi fácil, à nova Companhia de Lisboa, conseguir fazer os seus propósitos. Muitos agricultores, moleiros e industriais sentiram-se prejudicados e foram necessárias negociações até o assunto se resolver. Em Outubro de 1855 é assinado o contrato definitivo entre o Estado e esta empresa, as obras de novas captações iniciam-se, mas as divergências com o Governo começam a surgir.

            Em 1868 foi criada uma nova Companhia das Águas de Lisboa. Comprometia-se assegurar a rede de distribuição e o serviço de incêndios e a dar um passo de gigante na história do abastecimento de água à cidade: trazer para Lisboa as águas do rio Alviela. E o desafio foi conseguido: a 19 de Setembro de 1880 dão entrada no Reservatório dos Barbadinhos as primeiras águas, trazidas de mais de 100 km de distância. No final do século XIX a situação tinha de facto melhorado, com a água a correr com fartura nos chafarizes e nas fontes e também nas casas dos habitantes de Lisboa. A partir de 1935, a companhia das Águas de Lisboa começa a abastecer outros municípios para além de Lisboa.

Porque a água é um bem precioso!